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Reflexões com o Bisbo Josué da Igreja Metodista.

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Com muita gentileza, o Bispo Josué Adam nos autorizou a transcrever os textos abaixo para edificação de muitos que visitam nosso blog.

Peço sua atenção em cada ponto colocado, precisamos em nossos dias,pensar muito na forma como estamos sendo igreja.

Pr.Paulo Nogueira- 29/06


O MINISTÉRIO CRISTÃO NUMA IGREJA QUE PRECISA IR PARA O DIVÃ

Recentemente escrevi uma breve reflexão com o título Quando a Igreja precisa ir para o Divã. É um texto que pontua alguns aspectos eclesiológicos e missiológicos. Ir para o divã não quer dizer que a Igreja esteja morta ou tenha perdido o carisma e a mística de ser uma comunidade cristã. Mas ela pode perder se não for para o divã, ou seja, se não experimentar uma renovação em termos de vivência da santidade bíblica e continuar perseverando em seus equívocos ensaiados, em suas injustiças premeditadas e em sua esquizofrenia discriminatória. Reflito agora sobre o ministério cristão no contexto de uma Igreja que precisa ir para o divã.

O ministério cristão, entendido como uma função ou responsabilidade reconhecida pela comunidade cristã e desenvolvida segundo os referenciais eclesiológicos e ministeriais instituídos pela respectiva Igreja, num contexto de fragilização que a mesma vivencia tem as seguintes perspectivas:

Simplicidade. O ministério cristão deve ser exercido com simplicidade e na simplicidade. Vivemos dias em que a tecnologia, a estatística, o sofisticado, etc., estão em voga e as igrejas, via de regra, buscam estes recursos da modernidade para o desenvolvimento de suas atividades. No entanto, a Igreja não pode perder a simplicidade no cumprimento de sua missão e não deve deixar de atuar na sociedade de forma a alcançar os simples e os símplices de coração. O êxito do ministério da Igreja não pode ser medido pela quantidade de tecnologia ou modernidade que ela adquira e sim pela capacidade de ser simples no anúncio e na vivência do Evangelho.

Integridade. O primeiro aspecto na integridade do ministério cristão é a questão dos tesouros (Mt 6.19-24). O foco está na relação da pessoa com as coisas que possui ou as atitudes que toma e os pensamentos que tem. Jesus não condena o dinheiro em si, mas o apego a ele. A expressão tesouro evidencia coisas muito importantes para uma pessoa, tais como o status, a posição social, a busca pelo poder, entre outros. Portanto, ajuntar tesouros no céu é fazer coisas na terra cujos efeitos durem por toda a eternidade[1]. Trata-se do exercício de uma liderança no estilo de Jesus, que fez do Reino de Deus prioridade.

Serviçal. Outro aspecto da integridade está nos versículos 21 e 24: “onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” e “ninguém pode servir a dois senhores”. O verbo servir é muito forte na tradição bíblica, pois o povo de Deus foi chamado para servi-lo. Esta obediência está em relação direta com o “coração”, pois o que “fazemos é o resultado do que pensamos; portanto, o que irá determinar nossas vidas e o exercício das nossas vontades é o que pensamos, e isso por sua vez é determinado por onde está nosso coração – tesouro”.[2] Devemos lembrar que somos servos uns dos outros.

Piedade. O termo grego “eusebeia”, traduzido por “piedade” e de acordo com o contexto, significa “atitude religiosa no sentido mais profundo, a reverência a Deus que advém do conhecimento Dele... conota a seriedade moral, que afeta o comportamento externo bem como a intenção interior”.[3] O sentido bíblico da palavra vai além do sentimento de dó ou de piedade, indica uma atitude moral e ética, um comportamento transformado pelo conhecimento de Deus e pela reverência a Deus. Assim, é mais do que dó, é ação em direção aos que causam “dó” ou “piedade”. Por se tratar de uma atitude que evidência o caráter cristão, esta ação é acompanhada de um exercício de humildade e de entrega. Para STOTT, se trata de “uma mistura de temor e amor que, juntos, constituem a devoção do homem para com Deus”.[4]

Espiritualidade. A prática da espiritualidade é fundamental para o ministério pastoral, pois ela possibilita que o pastor e a pastora contemplem a Cristo, o Sumo Sacerdote e Senhor. Esta relação pessoal com Cristo alimenta o carisma pastoral: "sentimos a necessidade de uma renovação e revitalização da consciência vocacional do ministério pastoral, a fim de nos dispormos a pregar o Cristo exigido por ela. Sem essa consciência vocacional e sem disponibilidade para a obra, seria inútil qualquer planejamento...".[5] Ao desenvolver a sua espiritualidade o ministro cristão alimenta a dimensão da consagração como um ministério que é alimentado pelo Espírito Santo e que é exercido numa comunidade onde há diversidade de talentos, dons e ministérios.

Amor. O amor deve permear todas as ações ministeriais. O ministério cristão é marcado pela doação e pela dedicação aos outros. O ministro cristão não foi chamado para resolver problemas dos membros da igreja, mas sim para desenvolver o seu ministério cuidando das outras pessoas que atuam ou que são sujeitos do respectivo ministério. Ao ser indagado por Jesus (João 21.15-23), Pedro recebeu seu chamado para pastorear o rebanho. Em Romanos 5.5 lemos que “o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado”. O amor promove a gratuidade e a alegria do serviço. O amor perdoa, reconcilia, cura, aproxima, restaura, resgata, o amor jamais acaba.



Cuidado pastoral. O que é cuidado pastoral? “... é o processo de proteção para com o ministério de pessoas e comunidades em nome de Deus. É uma expressão do cristão para com o outro e para aquele para quem Cristo viveu e morreu”.[6] Dentro do cuidado pastoral está o aconselhamento pastoral que tem como objetivo trabalhar com indivíduos, grupos ou famílias, questões relacionadas à emotividade, sexualidade, bem como aspectos psicológicos, espirituais, mentais, físicos e outros.

Solidariedade. Um ministério cristão que não evidencie solidariedade, fraternidade, empatia e preocupação com a vida do outro, terá pouca relevância para o cumprimento da missão da Igreja e para a restauração das pessoas que evidenciam fragilidades. A solidariedade deve aproximar o ministro cristão dos que necessitam de apoio e atenção, bem como de ação que promova a dignidade da vida.



Estes aspectos não são indicados em forma de prioridade ou como uma relação do que vem antes ou depois. Se a Igreja precisar ir para divã, como estamos propondo em nossa reflexão, o ministério cristão deve ser relevante para cada situação, contexto ou história da comunidade. Assim, algum aspecto pode ser mais relevante que outro naquele momento ou naquela comunidade. O convite que fazemos é para que o ministério cristão seja terapêutico e curador, pela ação da Graça de Deus e pela inspiração do Espírito Santo de Deus.

Bispo Josué Adam Lazier

http://josue.lazier.blog.uol.com.br/index.html

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[1] STOTT, John R.W. A Mensagem do Sermão do Monte. São Paulo, ABU, 1985, p. 161.

[2] LLOYDE-JONES, Martyn. Estudos no Sermão do Monte. Editora Fiel, 1984, p. 377.

[3] KELLY, L.N.D. I e II Timóteo: introdução e comentário. São Paulo, Mundo Cristão, 1983, p.65.

[4] STOTT, John. A Mensagem de I Timóteo e Tito. Paulo, ABU, 2004, p.117.

[5] Igreja Metodista, Plano Quadrienal 1979-1982.

[6] FARRIS, James Reaves, Teologia prática, cuidado e aconselhamento pastoral: um resumo da história recente e suas conseqüências atuais, em Teologia Pastoral, Estudos de Religião 12, São Paulo, UMESP, 1997, pg. 19.
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No meio de tantas coisas confusas, chamada por muitos como revelação de Deus, encontramos uma reflexão sensata e bíblica sobre esse tema tão importante tema: "AVIVAMENTO".Peço que você leia com paciência e não compare ele com o que você pensa, mas com o que a bíblia diz, quem sabe hoje algumas coisas não mudam na sua compreensão das coisas do Reino de Deus.
O texto abençoou a minha vida, espero que com você não seja diferente.

Pr.Paulo Cesar Nogueira

SINAIS DE AVIAMENTO NO AVIVAMENTO

O que queremos dizer quando usamos a expressão aviamento? Encontramos no Dicionário do Aurélio várias definições para esta palavra. Estamos usando a seguinte em nossa reflexão: “conjunto do material acessório necessário ao acabamento de uma costura ou bordado, como tecido para forros, botões, fechos, colchetes, etc.”. (5) No Dicionário Escolar da Língua Portuguesa encontramos a seguinte definição de aviamento: “miudezas necessárias à confecção de roupas”. (6)

É importante ressaltar que não estamos afirmando que o avivamento é um “aviamento”, mas sim que o avivamento pode vir a ser um “aviamento”, ou seja, se transformar num conjunto de miudezas e acessórios que enfeitam, mas que não produzem a santidade bíblica. Os sinais de um avivamento transformado em aviamento são, entre outros, os seguintes:

1. Divisionismo e cisma – ou seja, tendências cismáticas. Isto não quer dizer que um membro da Igreja deixe de ser crítico à Igreja, ou mesmo crítico às lideranças estabelecidas, mesmo porque o avivamento produz transformações e reformas, dentro de uma disciplina institucional. O que estamos indicando é que a tendência a cisões e separações é nociva ao avivamento. Pode-se ser crítico sem ser cismático.

2. Isolacionismo – a tendência ao isolamento, a falta de comunhão com outras pessoas, ou comunhão somente com pessoas que pensam da mesma forma e professam as mesmas interpretações bíblicas e teológicas, a dificuldade para conviver com críticas ou questionamentos, a pouca participação em eventos onde prevalece à reflexão, cria um ambiente propício para um avivamento descaracterizado.

3. Indefinição confessional – erroneamente alguns pensam que a mudança de doutrina seja uma evidência do avivamento. O avivamento descaracterizado cria a indefinição confessional, mas o avivamento bíblico cria a convicção acerca das confissões de fé e doutrinas ensinadas pela Igreja.

4. Personalismo – ou a centralização numa pessoa ou grupo, tende a criar um aviamento e não um genuíno avivamento. Avivamento na perspectiva bíblica é aquele que cria o espírito de serviço e de dedicação aos outros e não o autoritarismo ou o personalismo, onde o que o líder avivado diz que não pode ser questionado por se tratar de uma pessoa cheia do Espírito Santo. Este sentimento tende a promover um aviamento em detrimento do avivamento.

“No genuíno avivamento a linha pastoral deve ser a de comunhão, do amor, da partilha, da solidariedade, da humildade, da mutualidade dos dons e ministérios, sem dominação de liderança ou de grupos, semelhante à comunidade apostólica onde todos estavam juntos e tinham tudo em comum, sendo um só coração e a alma deles”. (7)

5. Absolutização da experiência – uma experiência pessoal com Deus e com a dinâmica do Espírito Santo não pode ser absolutizada, tornando-se modelo ou norma para os outros. Aqui está um dos equívocos do avivamento, ou seja, o de absolutizar experiências pessoais. Absoluta é a ação soberana do Espírito Santo na vida da Igreja e do cristão.

6. Ausência de reflexão – A experiência do coração aquecido não invalida a mente transformada pela Palavra de Deus, o equilíbrio wesleyano. São as duas evidências de uma pessoa transformada pela Graça de Deus e cheia do Espírito Santo. A ausência de reflexão e de estudo faz do avivamento um movimento sem raízes, sem profundidade e sem conteúdo.

O avivamento desperta o gosto pela Palavra de Deus. Como diz o salmista: “são mais doces do que o mel e o destilar dos favos” – Sl 19.10. “A santidade que João Wesley pregava não era a santa simplicidade, a ‘santa ignorância’ do obscurantismo. Era um fulgor no coração que iluminava também a inteligência. Wesley queria, sim, que seus pregadores fossem antes de tudo piedosos, que tivessem eles mesmos a experiência pessoal da graça redentora de Deus em Cristo, a qual tinham que pregar. Todavia também se empenhou em que fossem ilustrados, estudiosos, leitores assíduos, e infatigáveis disseminadores da educação”. (8)

7. Assimilação de práticas pastorais e teologias alienígenas – O avivamento vira aviamento quando a busca pelo genuíno avivamento abre as portas para práticas pastorais e teologias que nada têm a contribuir para o crescimento do cristão e da Igreja. Alguns pensam que avivamento é assimilar algumas práticas que estão na “onda” e que, aparentemente, apresentam resultados satisfatórios. O avivamento é um arraigamento em nossa confessionalidade, em nossa eclesiologia, em nossa maneira de fazer teologia e de pastorear nossas ovelhas.

8. Vaidade espiritual e entusiasmo – Como vimos anteriormente, avivamento é a experiência de dedicação e de serviço a Deus. A vaidade é evidência da necessidade deste avivamento e uma negação da experiência cristã. Junto com a vaidade podemos incluir o entusiasmo. São excessos e miudezas que nada acrescentam a fé cristã.

Ao ensinar sobre a perfeição cristã, João Wesley destacava que não era perfeito a ponto de não necessitar de perdão, tampouco perfeito a ponto de ser independente . (9) Sua preocupação era com o entusiasmo irracional. Ensinava aos metodistas a buscarem a experiência de ter o coração aquecido pelo Espírito Santo mas não se esquecerem do adestramento da mente, através do estudo, da meditação e da reflexão. João Wesley não queria que os metodistas fossem chamados de entusiastas enlouquecidos. Para isto ensinava que “a unanimidade da experiência profunda da graça redentora de Deus em Cristo não significa necessariamente uma uniformidade nas manifestações emotivas externas dessa experiência”. (10)

9. Falta de caráter cristão – Para Wesley, “a benção maior a ser almejada pela pessoa que já tenha recebido o dom da fé (e a conseqüente justificação e regeneração) é a benção da perfeição cristã, a qual, antes de mais nada é a perfeição em amor para com Deus e para com o próximo”. (11) Aqui está o grande diferencial do avivamento entre os metodistas: a santidade bíblica. “A justificação é a grande obra de Deus por nós, perdoando nossos pecados, enquanto que a santificação é a obra que ele opera em nós, renovando-nos”. (12)

Sem ter a santidade bíblica como alvo o avivamento por certo será meramente um conjunto de miudezas, ou aviamento. O avivamento sem a santidade bíblica é um movimento sem o caráter de Cristo, pois os frutos da “unção e presença do Espírito Santo produzem uma santificação progressiva, contínua, pessoal e social e uma ação missionária plena de compromisso com Deus, com o ser humano, com a História e com o reino de Deus”. (13)

10. Discipulado que se fundamenta em propostas de eclesiologia e práticas pastorais utilitarista e com fim específico de crescimento numérico e nos numerários da Igreja. Esta tendência, crescente em nosso meio, desvirtua a proposta de discipulado encontrada nos Evangelhos e desenvolvida por Jesus.

Bispo Josué Adam Lazier



(5) Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda, Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 1999, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, pg. 240
(6) Bueno, Francisco da Silveira, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 1979, Rio de Janeiro, FENAME, pg. 155.
(7) Leite, Nelson Luiz Campos, Como alcançar o Genuíno Avivamento, Exodus, 1997, pg 67.
(8) Camargo, Gonzalo Baez, Gênio e Espírito do Metodista Wesleyano, Imprensa Metodista, 1986, pg 47.
(9) Williams, Colin W., la Teologia de Juan Wesley, Ediciones SEBILA, Costa Rica, 1989. pg. 136.
(10) Camargo, Gonzalo Baéz, Gênio e Espírito do Metodismo Wesleyano, Imprensa Metodista, 1986, pg 30.
(11) Reily, Duncan Alexander, Fundamentos Doutrinários do Metodismo Brasileiro, Exodus, 1997, pg. 55.
(12) Hinson, Willian J., A Dinämica do Pensamento de Wesley, Imprensa Metodista, pg. 21.
(13) Leite, Nelson Luiz Campos, Como alcançar o genuíno avivamento, Exodus Editora, 1997, pg. 34.



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Cristo é maior que Moisés.

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Meus queridos, vocês aprenderão um pouco mais sobre a relação do VT com o NTno texto abaixo produzido pelo Pastor Marcello Oliveira.

De forma hábil e sustentada na Palavra, ele aborda o texto de Hebreus destacando a superioridade de Cristo utilizando três argumentos:

1)Jesus é o Construtor da Casa (Fique tranquilo se na sua casa está faltando o telhado ou outra coisa , Ele é fiel para completar a "boa obra" em você, lembre-se: você é "casa de filiação divina").

2)O Senhor é maior que o servo (Quer um conselho? Acredite nisto e descanse, não será você que é servo que vai trazer solução para sua vida, mas sim o seu Senhor.Busque mais o Pai).

3)A realização é maior que o símbolo dela [ Busque mais as coisas do alto, a vida terrena(símbolo) é passageira, mas a realidade eterna, essa é para sempre(realização)].

Que você seja tremendamente abençoado com o texto abaixo, e que o Pastor Marcelo continue a nos ajudar no caminho do crescimento bíblico.

Pr.Paulo Cesar Nogueira - 26/06/2009
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O objetivo do escritor de Hebreus é mostrar a superioridade de Cristo por meio de três argumentos: (1) o Construtor é maior do que a casa; (2) o Senhor é maior do que o servo; e (3) a Realização é maior do que o símbolo dela.


1) O primeiro argumento se fundamenta na superioridade do Construtor sobre a casa, sendo assim expresso: Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que estabeleceu (Hb 3.3).


A glória da qual Cristo foi digno é uma referência à Sua filiação, ao passo que a palavra “doxa”, traduzida como glória na primeira parte do versículo, torna-se “timem” na segunda parte, por ser mais aplicável a uma casa. Moisés foi, na verdade, fiel, mas ele era parte da casa, não o fundador dela, daí termos uma significativa mudança de preposições: de em – para sobre.


Moisés foi fiel na casa; Cristo foi fiel sobre a casa. As palavras “maior honra do que a casa tem” são "kath hoson", significam quanto maior. O escritor da epístola aos Hebreus reforça o argumento no versículo seguinte, dizendo: Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus (Hb 3.4). Existe aqui uma profunda visão espiritual do Cristo encarnado como o Logos, ou Verbo eterno, pelo qual todas as coisas foram feitas. Portanto, Cristo, como o Filho divino, não é apenas Soberano, mas o Fundador da casa, logo superior a Moisés, que era parte da dispensação sobre a qual presidia.


2) O segundo argumento, de que o Senhor é maior do que o servo, é extraído do contraste entre Moisés como servo e Cristo como Filho: E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo (Hb 3.5a).


A tarefa de exaltar a Cristo acima de Moisés era delicada, pois este era alvo de “veneração” por parte dos judeus. A vida religiosa de Israel, a Lei com suas várias observÂncias, o conhecimento de Deus e a esperança que os judeus tinham na vida futura estavam todos ligados a Moisés, o servo de Deus. Além disso, o próprio Deus testificara: Moisés, é fiel em toda a minha casa e boca a boca falo com ele (Nm 12.7,8a).

Contudo, a habilidade do escritor de Hebreus, inspirada pelo Espírito Santo, nunca falha. Ele toma as palavras casa, servo e Filho e desenvolve-as de maneira magistral. Moisés é um “therephon”, servo livre, aquele que serve voluntariamente e executa os desejos do seu senhor na administração da casa; não é um “doulos”, escravo sem vontade própria. Moisés, portanto, é caracterizado por toda a dignidade que se ligava ao seu ofício. E ainda, Moisés era um servo fiel em toda a casa de Deus. Os outros servos eram usados em várias partes da casa. Profetas, reis e sacerdotes tratavam de aspectos diferentes e limitados da verdade e da vida; a Moisés, contudo, fora confiado toda a dispensação, o regime e o cuidado de toda a família de Israel.


O alvo do argumento é este: Moisés foi servo em casa de servos, tendo sido ele próprio parte da casa; Cristo, todavia, é Filho sobre uma casa de filhos, sendo Ele mesmo o Autor e Fundador da dispensação sobre a qual é Soberano.


3) O terceiro argumento, de que a Realização é maior do que o símbolo dela, baseia-se na seguinte afirmação: o ministério de Moisés foi para testemunho das coisas que haviam de anunciar (Hb 3.5b).


Moisés, portanto, não apenas deu testemunho quanto à verdade contida na Lei, mas prescreveu o culto simbólico em sua própria casa sob um feitio que, testificaria aquele que seria mais plenamente exibido em Cristo. Por isso, nosso Senhor disse: Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele (Jo 5.46); e, em relação aos discípulos no caminho de Emaús, agiu da seguinte forma: E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras (Lc 24.27).


A dispensação mosaica, portanto, era simbólica e dava testemunho tanto da pessoa como da obra de Jesus Cristo.


Pr Marcello de Oliveira -Bibliografia: Wiley, Orton. A excelência da Nova Aliança. Editora Central Gospel – 2008
http://davarelohim.blogspot.com/

 

Pode ser difícil pensar assim, mas é necessário.

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15/06/2009
Em nossos dias, a exegese mais perfeita tem sido aquela que o resultado agrada aqueles que estão ouvindo. Por conta disto, palavras como esta do texto abaixo, que nos leva a uma reflexão profunda, são omitidas do novo Israel de Deus.

Aos meu colegas pastores, peço o compromisso de compartilharmos como o povo o entendimento correto da palavra, mesmo que ao coração das nossas ovelhas, não seja o que elas gostariam de receber.

Devemos lembrar que o nosso primeiro compromisso é com o Altíssimo que nos convocou para essa missão, sermos fiél, como Ele é, a sua Palavra.

Que Deus possa te abençoar ricamente, partindo da santificação de sua vida.

Pr.Paulo Nogueira


A felicidade tem sido o alvo da humanidade. Muitos afirmam que têm a felicidade como objetivo de suas vidas. Mesmo aqueles que não verbalizam isto acabam vivendo baseados neste princípio. De fato tudo é estabelecido com base nisto. É aceitável, para as pessoas, que alguém troque de emprego se está infeliz. Se alguém troca de curso na universidade afirmando que não estava se sentindo feliz, a razão é aceita pela maioria das pessoas como válida. Se alguém não está feliz com seu casamento, para muitos seria normal trocar de cônjuge, afinal ser feliz é o objetivo. A felicidade é tida como um direito de todo ser humano.
Quando pensamos em Deus, sabemos que Ele é bom, que é galardoador de boas dádivas, que tudo que é bom vem Dele, então também pensamos que Deus nos dará a felicidade, pois ela é muito boa. Quando vemos as pessoas infelizes falamos para elas que isso é ausência de Deus, e que se tivessem um relacionamento com Ele não seriam assim tão infelizes. Chegamos mesmo a prometer para as pessoas que se vierem para Jesus serão felizes. O que o homem deseja é ser feliz, e tudo o que for feito dentro do padrão aceito pela sociedade, visando atingir este alvo, será compreendido.
A questão, no entanto é: Deus prometeu fazer-nos felizes?
Vemos Deus como sendo tão bom que a pergunta parece impertinente. “É claro que Deus prometeu isso”, alguém dirá. “Essa é a melhor coisa que alguém pode ter. Maior que bens materiais, maior que dinheiro, que o sucesso, se Deus é bom fará isso por nós.”
Entretanto não há essa promessa na Bíblia. Deus não prometeu fazer-nos felizes. Deus prometeu fazer-nos santos. Toda sua obra visa libertar-nos do poder do pecado, tornar-nos parecidos com seu Filho Jesus Cristo, para que com isso possamos habitar no céu eternamente. O objetivo do homem é a felicidade, o de Deus é a santidade.
Deus quer que compreendamos esta verdade, Ele deseja fazer-nos santos. Isto não significa dizer que servir a Deus é sinônimo de infelicidade. O crente não é infeliz. A verdade é que a felicidade no plano de Deus é o resultado de uma vida santa. Deus não quer que vivamos ansiosos pela felicidade, que façamos tudo em busca dela. Isso é obra do homem sem Deus. Deus quer que estejamos contentes em toda e qualquer situação, quer que aprendamos a depender Dele, que desejemos ser santos como Ele é santo. São estas coisas que o crente deve desejar.
Sansão foi um exemplo de alguém que pensou em ser feliz. Quando foi a Timna, uma cidade ocupada pelos filisteus viu uma mulher pela qual se apaixonou. Sansão então pediu a seu pai que a tomasse por esposa para ele. Seus pais, porém disseram a ele que não tomasse por esposa uma mulher filha de incircuncisos. Em outras palavras seus pais estavam lhe dizendo que ele deveria se casar com uma mulher da mesma fé. Sansão respondeu a seus pais: “Tomai-me esta, porque só dela me agrado” (Jz 14.1,2). Sansão estava afirmando que só seria feliz casando-se com aquela mulher. Nos dias de hoje Sansão seria apoiado por muitos, inclusive crentes. Diriam que ele estava certo, pois se estava apaixonado e se só assim seria feliz, que então buscasse seu objetivo, mesmo contra a vontade de seus pais. Para todos os lados em que olhamos vemos esta “regra”: Se é para ser feliz então vale à pena. Sabemos o final da história deste casamento de Sansão. Mesmo na festa o casamento já estava acabado e o que se seguiu foi uma grande tragédia. Sansão mostra o prejuízo que temos quando pensamos na felicidade em primeiro lugar.
Quando o crente entende e tira a felicidade do primeiro lugar de sua vida então Deus começa a torná-lo feliz. Davi escreveu: “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do seu coração” (Sl 37.4). Em outras palavras Davi estava dizendo: Seja Deus suficiente para você, esteja contente com Ele, deixe-O decidir o que é melhor para você, procure fazer sempre a vontade Dele em primeiro lugar, e como resultado Ele satisfará o que o seu coração deseja.
Ao contrário de Sansão que queria agradar-se a si mesmo para ser feliz, Davi diz que devemos deixar Deus nos agradar. Quando desejamos muito algo, ficamos tentando nos convencer que aquilo é a vontade de Deus para nós. “Se somente assim seremos felizes então isso tem que ser a vontade de Deus”, dizemos para nós mesmos. A verdade é que isso não acontece. Confundimos nosso desejo por felicidade com a vontade de Deus. Resumindo, queremos agradar a nós mesmos e para não ficarmos com culpa na consciência tentamos nos convencer de que Deus também deseja aquilo.
Ser santo é abrir mão dos desejos pessoais e buscar aquilo que Deus deseja. Não tentemos misturar nosso desejo por felicidade com o desejo de Deus por santidade. Neguemos a nós mesmos e assim estaremos no caminho da santificação. Portanto a felicidade para o crente não é seu objetivo, é a conseqüência do seu desejo de agradar a Deus. Enquanto este mundo corre desesperadamente atrás da felicidade, o crente sábio busca a santidade, pois ele sabe que Deus prometeu fazê-lo santo, e a felicidade então, será só uma conseqüência.

TEXTO EXTRAIDO DO BLOG: http://www.blogfiel.com.br - Pastor Clodoaldo

 

Quem tem ética para vender?

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Quem tem ética para vender?

Nossos índios estão vendendo reserva de carbono , através da conservação das matas amazônicas.

Os grandes nomes do esporte, como o técnico da seleção brasileira de vôlei, estão prestando consultoria, vendendo suas experiências via palestras para estimular empregados das grandes empresas.

Nossos economistas estão vendendo nossa experiência em controlar macro sistema financeira, que muito faltou aos americanos nesta crise econômica.

Os técnicos de futebol da terrinha estão vendendo seus talentos aos árabes fanáticos por esse esporte.

Mas e quando é necessário se comprar Ética com letra maiúscula?

Gostaria de responder que em nossas igrejas, a Ética poderia ser encontrada de forma gratuita, mas infelizmente, essa matéria prima que é parte integrante do conjunto que cabe a igreja oferecer a sociedade, está em falta em muitas igrejas.

Pode-se dizer que existe hoje uma grande confusão na cabeça do nosso povo em relação ao que é lícito e o que não, e as vezes, por conta disto, ficamos em situação constrangedora diante daqueles que não conhecem a Jesus, mas que tem em sí uma boa consciência.

Nesta semana, por duas vezes, ouvindo o debate na rádio 93, observei que os pastores e pastoras presentes, clamavam para que as igrejas levantassem a bandeira da ética cristã. Um deles com muita propriedade, chegou a dizer que “Não falamos mais sobre isso nas igrejas, e que é necessário retomar esse importante assunto, já que como representantes de Cristo, temos a obrigação de termos uma ética acima daquela que é manifestada pela sociedade, a qual devemos ser referência”.

Em nossa Igreja, que não é melhor e nem pior que as demais, instituímos há um ano o “culto de ética” , que se realiza um vez por mês, e tem um forte apelo a presença de toda a congregação. Nele conversamos de forma aberta e interativa sobre o que é ético e o que não é na vida do cristão. Temos buscado atingir todas as áreas da vida humana, desde coisas simples, como as mais complexas.

Particularmente como pastor, tenho visto este culto ser um espaço de suma importância para o crescimento da igreja e também de comunicação entre membros e liderança.

Se você gostou, fica ai uma dica para sua igreja.

Pr. Paulo Nogueira

 

INDULGÊNCIAS

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Amados, a partir desta semana decidi incluir em nosso blog textos elaborados por irmãos que têm muito a contribuir para o meu crescimento e o seu. Por isso não deixe de ler este e os outros, pois tenho procurado fazer uma seleção do melhor que tenho encontrado, objetivando estruturar sua vida espiritual com conhecimento sensato e equilibrado.

Um pouco de história (passado) para nos ajudar a entender o nosso presente e nos preparar para o futuro.

E quem sabe este texto, que foi extraído da revista Ultimato deste mês, possa servir de canal de transformação para que muitos que estão hoje vivendo por conta de indulgências no catolicismo e até mesmo no “cenário evangélico”, possam acordar para a Graça e o Conhecimento de Deus.

Pr.Paulo Nogueira

Muitos protestantes atuais ficam surpresos em saber que ainda hoje, em pleno século 21, as indulgências continuam a ser uma crença abraçada oficialmente pela Igreja Católica Romana. Esse dogma e suas implicações práticas desencadearam a Reforma Protestante do século 16. A maneira como isso se deu é uma história fantástica, quase inacreditável, mas que realmente aconteceu.

Uma eleição imperial
No final da Idade Média, os imperadores alemães eram eleitos por um pequeno colégio eleitoral composto de sete integrantes: três arcebispos (de Mainz, Trier e Colônia) e quatro nobres (o conde palatino do Reno, o duque da Saxônia Eleitoral, o margrave de Brandemburgo e o rei da Boêmia). Esse sistema havia sido estabelecido por um decreto datado de 1356. No início do século 16, ao se realizar uma dessas eleições, uma das famílias nobres participantes do colégio eleitoral (os Hohenzollern) teve a ideia de se apossar de um dos arcebispados, o de Mainz ou Mogúncia, que estava vago. O escolhido para tal cargo foi Alberto de Brandemburgo, irmão do referido margrave. Todavia, ele não tinha a idade mínima necessária para isso e assim foi necessário obter uma autorização especial do papa.

Essa autorização custou elevada soma, pois Leão X precisava de recursos para construir a Catedral de São Pedro. O dinheiro foi obtido mediante empréstimo dos banqueiros Fugger, de Augsburg, a uma exorbitante taxa de juros. Para pagar o empréstimo, o novo arcebispo Alberto recebeu do papa o direito de vender indulgências, sendo que metade dos lucros iria financiar a construção da catedral romana. O arcebispo confiou a tarefa ao melhor vendedor que pôde encontrar -- o dominicano João Tetzel. Um de seus “jingles” promocionais dizia: “Logo que a moeda na caixa ecoa, uma alma do purgatório para o céu voa”. Tetzel cumpriu sua missão de modo eficiente e dramático, impressionando vivamente os seus ouvintes e convencendo-os a adquirir tão valioso bem. Quando ele se aproximou da cidade de Wittemberg, Lutero ficou indignado com esse comércio do perdão de Deus e escreveu suas famosas “Noventa e Cinco Teses” (31/10/1517). Estava iniciada a Reforma Protestante.

Origens de um dogma
As indulgências são consequência de um antigo problema com que se defrontou a Igreja Católica : o que os cristãos, aqueles que renasceram através do batismo, deviam fazer em relação aos seus pecados. Para lidar com essa questão pastoral, foi articulado ao longo dos séculos o sacramento da penitência. O pecador devia mostrar-se arrependido dos seus pecados (contrição), em seguida informá-los ao sacerdote (confissão) e então receber a declaração do perdão divino (absolvição). Ao mesmo tempo devia fazer obras de satisfação (penitências), demonstrando de modo visível e concreto o seu arrependimento. Todavia, a igreja começou a fazer uma distinção entre as penas eternas e as penas temporais referentes ao pecado. A absolvição perdoava a culpa e livrava da penalidade eterna, mas as penalidades temporais permaneciam. Se não fossem pagas na terra, teriam de sê-lo no purgatório.

Indulgência, palavra que significa “tolerância”, “benevolência”, é o meio através do qual a igreja concede a remissão total ou parcial do castigo temporal devido ao pecado já perdoado. Como aconteceu com outras questões, as indulgências fizeram parte da prática católica antes de serem definidas formalmente como um dogma da igreja. Por exemplo, elas foram muito utilizadas na época das Cruzadas. Além disso, foram objeto de séria reflexão teológica por parte dos escolásticos, como Tomás de Aquino.

Finalmente, a teoria sobre a qual elas se apoiam foi definida formalmente pelo papa Clemente VI na bula “Unigenitus”, em 1343. Segundo esse documento, existe um tesouro incalculável constituído pelos méritos de Cristo, de Maria e dos santos. Esse tesouro foi confiado à igreja e colocado debaixo da autoridade do papa. Este, e os bispos autorizados por ele, podem aplicar tais méritos, através das indulgências, em benefício dos fiéis, vivos e mortos.

O questionamento protestante
Em suas teses, Lutero se manifestou contra a comercialização das indulgências. Disse ele: “Bem-aventurado é aquele que luta contra a dissoluta e desordenada pregação dos vendedores de perdões” (tese 72). Embora tecnicamente elas não pudessem ser vendidas, visto serem uma dádiva graciosa da igreja aos cristãos, esperava-se que estes ofertassem em troca uma “contribuição” para a construção da catedral. Esse termo é usado muitas vezes nas instruções dadas pelo arcebispo Alberto de Mogúncia. Havia até mesmo uma tabela variável de preços segundo a qual cada um iria contribuir de modo proporcional às suas posses. O fato é que, ao longo dos séculos, com frequência líderes eclesiásticos ambiciosos usaram esse recurso para resolver seus problemas financeiros.

Indo além, Lutero questionou também a doutrina da salvação que estava associada às indulgências. A certa altura ele afirmou: “Aqueles que se julgam seguros da salvação em razão de suas cartas de perdão serão condenados para sempre juntamente com seus mestres” (32). Um pouco adiante, acrescentou: “Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plenária tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de perdão. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da igreja, que são dons de Deus, mesmo sem cartas de perdão” (36-37). Divergindo da ideia tradicional de um tesouro de méritos, ele afirmou: “O verdadeiro tesouro da igreja é o sacrossanto evangelho da glória e da graça de Deus” (62). Em suma, as indulgências eram desnecessárias, porque tudo o que elas pretendiam comunicar já era oferecido gratuitamente por Deus por meio da obra redentora de seu Filho.

“Sola Scriptura”
O fulcro do posicionamento protestante foi o seu princípio basilar da prioridade absoluta das Escrituras em matéria de fé e prática. Partindo do pressuposto de que o Antigo e o Novo Testamento, interpretados segundo critérios saudáveis e equilibrados, contêm a vontade revelada de Deus para a igreja e para os cristãos, os protestantes se viram compelidos a rejeitar toda e qualquer crença que não pudesse ser claramente fundamentada na Palavra de Deus. Isso incluía o purgatório, as indulgências, o tesouro de méritos e muitos outros pontos. À luz do Novo Testamento, eles concluíram que Jesus Cristo e seus apóstolos nunca transmitiram esses ensinos –“eles não faziam parte do “evangelho”, do “kérigma” ou proclamação da igreja primitiva. Os primeiros cristãos não abraçavam tais convicções.

Os partidários da Reforma acabaram chegando a um entendimento da salvação e da vida cristã muito diverso daquele até então predominante. Naquela época, a salvação era vista como um processo que durava a vida inteira (e mesmo além, no purgatório). A vida cristã era entendida como uma peregrinação rumo à salvação, à qual muitos só chegavam no momento da morte. Partindo do conceito de “justificação pela graça mediante a fé somente”, esse processo foi invertido. Justificado pela fé, o crente vive toda a sua vida como um salvo, e não como alguém em busca de salvação. A salvação não está no fim, mas no começo da vida cristã. O que ocorre ao longo da vida é um processo, que pode ser bastante árduo, em busca da santificação.

Conclusão
A moderna Igreja Católica continua a crer nas indulgências e a ensiná-las por meio do seu magistério. Eventos como os “anos santos” e as eleições papais estão associados a indulgências especiais. Existem diversos outros meios pelos quais os católicos podem obter esse benefício da igreja. O aspecto pecuniário que deu má fama a essa prática parece que há muito foi afastado. O que os católicos precisam considerar é se tal preceito é não só um ensino da igreja, mas um ensino de Cristo e seus primeiros seguidores. Lutero achava que a igreja somente tinha o direito de cancelar as sanções impostas aos fiéis por ela mesma (penas canônicas), e não quaisquer penalidades impostas por Deus. Destas existe libertação total por meio da fé em Jesus Cristo: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9).


• Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil.

 

"TETÉLESTAI"- Está consumado.

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Queridos, neste domingo(31 de Maio)ministrando na EBD sobre a mensagem da cruz, fui supreendido com o comentário de uma aluna que se expressou da seguinte forma: " A mensagem da cruz é perfeita". Naquele momento consegui descansar, na certeza que ela realmente havia entendido o núcleo do evangelho, mesmo que ela não tenha utilizando nenhum termo teológico para expressar seu aprendizado.

Hoje(01 de Junho), aprendendo com meus irmãos na internet me deparei com o texto abaixo que expressa de uma forma linda, o que estávamos debatendo no domingo.

Resolvi então colocar no blog, para que você que nos visita seja tão abençoado como eu fui na leitura deste artigo.

Deus te abeçoe e te fortaleça.
Pr.Paulo Nogueira

TEXTO EXTRAIDO DO BLOG BIBLIAWORD,PASTOR MARCELO OLIVEIRA.
“Tetélestai” – Está consumado
Jo 19.30

Atualmente não gostamos de contemplar o horror da cruz; por isso nós a enfeitamos e quase a deixamos bela. Transformamos a cruz numa linda jóia cheia de brilhantes e pedras preciosas. Devemos lembrar, que para suas vítimas, a crucificação significava vergonha, tortura, uma morte lenta e agonizante. No momento em que pessoas se vêem confrontadas com a morte, muitas perdem suas máscaras e tornam-se verdadeiras.

A história registra as últimas palavras de grandes homens:

DAVID HUME, o ateu, gritou: “Estou nas chamas!” Seu desespero foi uma cena terrível.

HOBBES, um filósofo inglês: “Estou diante de um terrível salto nas trevas.”

GOETHE: “Mais luz!”

NIETZSCHE: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.”

JESUS CRISTO: “Está consumado.”

Esta foi a sexta palavra que Jesus disse na cruz, está registrada em Jo 19.30. Quando comparamos os registros do Evangelho, descobrimos que Ele gritou em voz alta: “Está consumado!”. Esta declaração não foi o gemido de um homem derrotado, mas o grito triunfante da vitória do Filho de Deus, nosso Salvador. Aos trinta e três anos, a maioria das pessoas costuma afirmar: “É o começo”. Mas, nessa mesma idade, Jesus dizia: “Está consumado!” Ele não disse: “Estou acabado”. Não se tratava do lamento de uma vítima vencida pelas circunstâncias, mas o grito de um vencedor derrotando todos os seus adversários. Na língua grega, o significado destas palavras é: “Está consumado, permanece consumado e estará sempre consumado”.

“Tetélestai” – Um termo familiar

Embora esta palavra não seja conhecida de muitas pessoas dos dias atuais, ela era familiar quando o Senhor Jesus ministrava na terra. Os arqueólogos descobriram diversos documentos gregos antigos que continham esta expressão. Quando o Espírito Santo inspirou os escritores do N.T, guiou-os para usarem uma linguagem comum do povo dos dias de Jesus. E esta expressão: “Está consumado” fazia parte da vida diária das pessoas. Vamos explorar estas palavras que eram usadas por alguns indivíduos daquela época, e assim, entender melhor o que significa as palavras de Jesus na cruz.

Servos
Os servos e escravos usavam esta palavra sempre que terminavam um trabalho e levavam o fato ao conhecimento de seus senhores. O servo dizia: “Tetélestai” – Terminei a tarefa que me deste para fazer”. Isto significa que o serviço fora feito como o senhor determinara e na hora que estabelecera.

Jesus Cristo é o Servo santo de Deus (Fp. 2.5-11). O profeta Isaías o descreveu como o servo sofredor de Deus (Is. 42.1-4; 49.1-6; 50.4-9; 52.13 – 53.12). O Dr. John Stott lança luz sobre este tema quando diz que nos textos acima, temos quatro cânticos conhecidos como Cânticos do Servo. Em seus primeiros sermões, registrados no livro de Atos, Pedro se refere a Jesus como “servo” por quatro vezes. Os quatro Cânticos do Servo oferecem diferentes imagens do servo do Senhor. No primeiro, (Is. 42.1-4) o servo é retratado com um mestre, ensinando com mansidão, dotado do Espírito e alcançando os povos. No segundo, (Is 49.1-6) o servo é retratado como um evangelista. A ênfase agora está nas nações distantes. No terceiro, o servo é retratado como um discípulo (Is. 50.4-9), pois é evidente que não se pode ensinar sem primeiro ouvir e aprender. É por esta razão que Iavé desperta o ouvido do seu servo “manhã após manhã” (v. 4). Ele primeiro precisa abrir seu ouvido antes de abrir a boca, mesmo que o que ele aprenda ou ensine seja impopular ou provoque perseguição. Por fim, o servo é retratado como o Salvador sofredor (Is. 52.13 – 53.12), aquele que (falando profeticamente) foi ferido pelas nossas iniqüidades e carregou em seu corpo os nossos pecados.

Jesus Cristo veio à terra como servo por ter uma obra especial a fazer. “Consumei a obra que me confiaste para fazer” (Jo. 17.4). Quando os seus discípulos estavam discutindo sobre qual deles era o maior, Jesus censurou-lhes o egoísmo, dizendo: “Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve” (Lc. 22.27). Ele tomou até o lugar de servo e lavou os pés deles (Jo. 13.1-17), mas seu maior ato de serviço foi quando morreu por eles e por nós na cruz.

Sacerdotes
Os sacerdotes gregos também usavam esta palavra. Sempre que os adoradores levavam ao templo sacrifícios dedicados ao deus ou deusa que adoravam, os sacerdotes tinham de examinar o animal para certificar-se de que era perfeito. Se o sacrifício fosse aceitável, o sacerdote dizia: “Tetélestai – não tem defeito”. Os sacerdotes judeus seguiam um procedimento similar no templo e usavam o equivalente hebreu ou aramaico deste termo. Era importante que o sacrifício fosse perfeito.

Jesus Cristo é o sacrifício perfeito e imaculado de Deus. O Cordeiro de Deus que morreu para tirar o pecado do mundo (Jo. 1.29). Como sabemos que Cristo é um sacrifício perfeito? Deus Pai afirmou isso. Quando o Senhor Jesus foi batizado, o Pai falou do céu, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt. 3.17). Com estas palavras, Deus Pai colocou o selo da aprovação sobre Deus Filho. A seguir, Deus, o Espírito Santo, desceu como pomba e pousou sobre Jesus, acrescentando assim seu testemunho ao do Pai (Mt. 3.16).

Os inimigos de Cristo tiveram que admitir que Ele “foi” irrepreensível, pois se viram obrigados a alugar mentirosos para dar falso testemunho d’Ele em seu julgamento. Nenhum dos apóstolos jamais disse: “ouvi Jesus contar uma mentira”, ou “vimos Jesus cometer um pecado”. Ele é o Salvador perfeito, o Cordeiro de Deus “sem mancha e sem mácula” (I Pe. 1.19).

Pilatos, o governador romano, admitiu: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc. 23.4). Até o traidor Judas confessou: “Pequei, traindo sangue inocente” (Mt. 27.4). Todos os que conheceram a Jesus podiam dizer: “Tetélestai! – Ele é o sacrifício perfeito, impecável”.

Artistas
Quando um artista ou escritor completava seu trabalho, eles davam um passo para trás, contemplavam a obra, e diziam: “Tetélestai! – está pronto. Isso significava que a morte de Jesus na cruz “completa o quadro” que Deus estava pintando, a história que vinha escrevendo havia séculos.

Para a pessoa que não conhece a Jesus Cristo, o A.T. será algo muito difícil e sombrio de se entender. No A.T. você encontra cerimônias, símbolos e profecias que não parecem ajustar-se a um padrão lógico. O A.T. é um livro de muitas cerimônias não explicadas e profecias que se cumpririam no futuro. Portanto, você não consegue a “chave hermenêutica” até que conheça a Jesus Cristo. A menos que você conheça a Jesus, o A.T. é como andar numa galeria de pintura com as luzes apagadas. Quando Jesus veio ao mundo, Ele completou o quadro e acendeu as luzes! Na sua vida, morte, ressurreição e ascensão, Jesus cumpriu os símbolos, profecias, e explica o significado da “pintura” que estava sendo confeccionada pelo Pai.

O evangelho de Lucas, no capítulo 24, ilustra esta verdade. Dois discípulos desanimados estão andando pela estrada de Emaús, discutindo a morte de Cristo e tentando descobrir o que ela significava. De repente, o Cristo ressurreto se junta a eles e os discípulos lhe contam sobre suas esperanças desfeitas e mentes confusas. Então, Jesus lhes disse: “Ó néscios e tardos de coração para crer tudo que os profetas disseram!” (Lc. 24.25). Depois, começando com Moisés e todos os profetas, o Senhor falou sobre as Escrituras do A.T. e explicou o panorama geral. Ele acendeu as luzes. Sua obra no Calvário havia completado o quadro, de modo que o grande plano da salvação de Deus estava agora claro para todos. Hoje podemos ler o A.T. e ver este quadro maravilhoso, embora ainda haja certas dificuldades e coisas difíceis de entender. Por causa da obra consumada de Jesus na cruz, podemos ver a tela completa pintada por Deus.

Mercadores
“Tetélestai” era uma palavra usada por servos, sacerdotes e artistas, mas os mercadores também a empregavam. Para eles, o termo significava “a dívida está completamente paga”. Se você comprasse algo “a prazo”, quando fizesse o último pagamento, o negociante lhe daria um recibo com a palavra “tetelestai”, ou seja, “quitado”. O débito fora totalmente pago.

Os pecadores incrédulos têm uma dívida com Deus e não podem pagar a conta. Por terem quebrado a lei de Deus, estão falidos e impossibilitados de quitar essa dívida. Mas Jesus pagou-a quando morreu na cruz. É isso que “tetélestai” significa: a divida foi paga, ela permanece paga e estará paga para sempre (Cl. 2.14-15). Nossa dívida com Deus era infinita. Jamais poderíamos saldá-la. Todos estamos aquém das exigências da lei. Ela requer perfeição, e nós somos imperfeitos. Nada que seja contaminado pode entrar no céu (Ap. 21.27).

Contudo, o que não podíamos fazer, Jesus fez por nós. Em Cristo, ficamos quites com a lei de Deus; as demandas da justiça divina foram satisfeitas. O sangue de Jesus nos justificou. Agora já não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Jesus se fez pecado por nós para que fôssemos feitos justiça de Deus.

Conclusão

“Tetélestai” era uma palavra familiar, dita por um salvador fiel sobre uma obra consumada. Quando Ele gritou a palavra, isso significou que todas as profecias do A.T. referentes à sua obra na cruz estavam então cumpridas e terminadas. A partir de Gênesis 3.15, Deus prometera que um Salvador derrotaria Satanás. Todos os retratos de Cristo existentes nos rituais e objetos do tabernáculo, do ministério sacerdotal e do sistema sacrificial estavam completamente terminados e cumpridos. Os símbolos e profecias do A.T. foram cumpridos. O véu do templo se rasgou em dois, e o homem pôde então entrar na presença de Deus. O caminho da salvação foi aberto.

“Está consumado” significa que a Lei da Antiga Aliança estava terminada. Não vivemos mais sob a escravidão da lei; em vez disso, vivemos na liberdade da graça de Deus (Rm. 6.15). A palavra importante do Evangelho não é “faça”, mas “está feito”. A obra da redenção terminou. Amém!

Pr Marcelo de Oliveira

 

Dia a dia tome a sua cruz e siga-me.Lucas 9.23

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Meus queridos, olhe que texto lindo que foi postado no blogfiel pelo Pastor Clodoaldo Machado.Quando eu crescer, quero ser igual a esses irmãos.

Extraido do blog:http://www.blogfiel.com.br/
Pastor Clodoaldo Machado

Na época em que Jesus proferiu estas palavras, cruz era sinônimo de morte. Ela marcava o fim da vida de uma pessoa. Era o conhecido método de execução da pena de morte dos romanos. Quando alguém era condenado à morte, era na cruz que a pena era executada. Os romanos ordenavam que a pessoa tomasse a própria cruz e a carregasse até o local da execução.

Os discípulos que estavam ouvindo estas palavras entenderam claramente que Jesus falava sobre morte. Eles compreenderam que Ele estava dizendo que quem quisesse segui-lo deveria ter disposição de morrer. Quanto a isso certamente não houve dúvida.

O fator intrigante nas palavras de Jesus é que a pessoa que tomava sua cruz no método romano fazia isso somente uma vez. Ela tomava sua cruz, caminhava até o local da crucificação, ali ela era pregada e deixada exposta até a morte. Quando a pessoa demorava a morrer, soldados romanos lhe quebravam as pernas, afim de que morresse mais rápido.

Jesus, porém falou de tomar a cruz dia a dia. Ele não estava falando sobre morrer uma vez só, como acontecia na prática romana. Aqui ele está falando de morrer mais de uma vez.

Como pode ser isso? Como alguém pode morrer dia a dia? A morte não é de uma vez por todas?

A resposta é que no método romano a morte era física e Jesus está falando aqui da morte espiritual da natureza pecaminosa. Jesus está dizendo que segui-lo significa estar disposto a levar à morte a natureza pecaminosa todo dia.

No contexto Jesus fala sobre negar a si mesmo, fala sobre perder a vida por causa dele. Tomar a cruz dia a dia significa que nossa natureza pecaminosa tenta viver todo dia e nós devemos pregá-la todo dia numa cruz. Significa que quando estamos seguindo a Cristo, estamos morrendo para a velha natureza e vivendo a nova para Cristo.

Na prática significa que dia a dia temos que dizer não para nós mesmos. Nossos desejos pessoais que desagradam a Deus deverão ser pregados numa cruz. Nossos impulsos de ira, de vingança, de nervosismo deverão ser pregados numa cruz dia a dia. Os pedidos que nossa natureza nos faz deverão ser crucificados. Vontades muitas vezes que aparentemente não são maléficas, Deus pede que sejam pregadas na cruz. Aqueles momentos em que ficamos chateados porque as coisas não aconteceram como queríamos, devem ser pregados na cruz.

O fato é que ao contrário de abrir mão de nossos desejos, nós tentamos nos convencer de que eles não são maus e que eles não nos afastarão de Deus. Tentamos nos convencer de que Deus não se importa com eles.

Aqui vemos claramente a essência de seguir a Jesus. Por isso ele adverte seus discípulos. Não se pode seguir a Jesus e ao mesmo tempo ter satisfeito os desejos da natureza pecaminosa. Corremos o risco de seguir a Jesus e tentar manter viva nossa velha natureza. Por isso muitos erram, pois não entendem que a cada novo dia Jesus está nos convidando a viver para ele, e viver para ele significa pregar na cruz nossos desejos pessoais. Significa que serão apresentadas a nós oportunidades de tomar a cruz e morrer para o “eu”. O apóstolo Paulo entendeu isso muito bem, por isso ele escreveu aos gálatas: estou crucificado com Cristo (Gl 2.19). E aos romanos ele escreveu: “por amor de ti somos entregues à morte o dia todo” (Rm 8.36).

Jesus está então dizendo a seus discípulos: “Querem me seguir? Então estejam dispostos a abrir mão de seus desejos pessoais”. O caminho da vida significa a crucificação diária da natureza pecaminosa. Dia a dia tome a sua cruz e siga-me.